Entrevista a Live Low
por Patrícia Vale
1 Este ano foi ano de mudanças: um novo disco e um novo alter-ego. Em 2015, o que pretendes, ainda, inovar?
Bem, dada a rapidez com que tudo se proporcionou, a ideia agora é compôr mais material e preparar as actuações ao vivo. Também têm surgido alguns convites para editar, por isso tudo isto tem que ser feito com um certo “controlo de qualidade”. Não nos podemos desviar das ideias-chave deste projecto e de um certo estilo que estamos a desenvolver.
2 Quem é Live Low? O que traz de diferente à música de Ghuna X?
Não é tão importante quem faz a operação deste projecto, como a mensagem que se pretende passar. Os músicos têm que ser vistos como catalisadores, mais do que indivíduos de um fascínio raro.
Relativamente a Ghuna X, já não havia muito interesse da minha parte em tocar aquele material ao vivo nem explorar um tipo de energias e sonoridades mais frenéticas. Poderia dizer-se que este é um projecto mais sereno e, que tudo isto se trata de um êxodo urbano.
3 Live Low é um projeto partilhado. O que te fez deixar a carreira a solo?
Nunca deixei os projectos partilhados, nem deixarei os projectos a solo. A verdade é que quando comecei, por volta de 2003, comecei em grupo, e nos últimos anos tenho estado envolvido em projectos comunitários e colaborações improvisadas.
Há um nível de experiências e troca de ideias inerente à colaboração. Para Live Low interessava-me estar com alguém em palco, dividir essa responsabilidade e atenção individual e, sobretudo, porque musicalmente existe o espaço para outro tipo de instrumentos entrarem. Agrada-me e a combinação entre o acústico, o eléctrico e o electrónico. É um desafio.
4 A partilha de ideias e a cooperação entre os membros Live Low surge com fluidez? Sendo a música algo tão pessoal, é fácil criá-la em conjunto?
O Luís K. (guitarra) é um pessoa que eu conheço há um par de anos, mas com a qual já trabalhei em alguns projectos: mixtapes de Faca Monstro, edições na Marvellous Tone, etc. É, por isso, uma pessoa próxima e com a qual é fácil de trabalhar e obter resultados.
A Ece Canli (voz), é uma pessoa que eu conheço há ainda menos tempo, com a qual colaborei duas ou três vezes, mas sempre com óptimos resultados e em prazos apertados. Felizmente, agora temos tido o tempo para aprofundar esta colaboração e propôr mais ideias de trabalho.
5 Batidas energéticas, mas uma imagem discreta. Por que razão?
Faz tudo parte do imaginário deste projecto. Na verdade, eu acharia que estas “batidas” seriam calmas e, de certo modo, regulares. Mas talvez esteja a ver isso à luz de uma comparação com o material de Ghuna X.
De qualquer modo, o que aqui poderia parecer energético não é tanto a forma musical, o ritmo ou o tempo, mas a massa sonora destas músicas.
Relativamente à imagem, já conheço a Dayana Lucas há muito tempo e vou, por isso, acompanhando o que ela vai fazendo de novo. Esta série de desenhos despojados pareceu-me fazer todo o sentido em Live Low.
6 Consideras que a tua malha atinge um nicho muito restrito, ou pode tocar qualquer tipo de públicos?
Acho que tem tudo para todos. Não é elitista, nem pretende.
7 Que outros géneros foram importantes no vosso crescimento individual? E para Live Low?
Bem tanto eu como o Luís ouvimos música bastante distinta, embora ele tenha um espiríto mais “jovem” do que eu. Da minha parte continuo a explorar a discografia de um ou outro músico experimental dos anos 70. O Luís está mais apto às novidades editoriais. Vamos partilhando tudo isso: industrial, doom, stoner, dub, etc etc.
8 Depois de ter sido considerada umas das bandas de 2014, o que é que Live Low leva para 2015?
Essa consideração é uma novidade. Não é sequer uma pretensão nossa, embora nos agrade que isso possa significar que mais pessoas oiçam. Não nos interessa muito mais do que isso. Queremos editar um longa duração e marcar concertos.
Bem, dada a rapidez com que tudo se proporcionou, a ideia agora é compôr mais material e preparar as actuações ao vivo. Também têm surgido alguns convites para editar, por isso tudo isto tem que ser feito com um certo “controlo de qualidade”. Não nos podemos desviar das ideias-chave deste projecto e de um certo estilo que estamos a desenvolver.
2 Quem é Live Low? O que traz de diferente à música de Ghuna X?
Não é tão importante quem faz a operação deste projecto, como a mensagem que se pretende passar. Os músicos têm que ser vistos como catalisadores, mais do que indivíduos de um fascínio raro.
Relativamente a Ghuna X, já não havia muito interesse da minha parte em tocar aquele material ao vivo nem explorar um tipo de energias e sonoridades mais frenéticas. Poderia dizer-se que este é um projecto mais sereno e, que tudo isto se trata de um êxodo urbano.
3 Live Low é um projeto partilhado. O que te fez deixar a carreira a solo?
Nunca deixei os projectos partilhados, nem deixarei os projectos a solo. A verdade é que quando comecei, por volta de 2003, comecei em grupo, e nos últimos anos tenho estado envolvido em projectos comunitários e colaborações improvisadas.
Há um nível de experiências e troca de ideias inerente à colaboração. Para Live Low interessava-me estar com alguém em palco, dividir essa responsabilidade e atenção individual e, sobretudo, porque musicalmente existe o espaço para outro tipo de instrumentos entrarem. Agrada-me e a combinação entre o acústico, o eléctrico e o electrónico. É um desafio.
4 A partilha de ideias e a cooperação entre os membros Live Low surge com fluidez? Sendo a música algo tão pessoal, é fácil criá-la em conjunto?
O Luís K. (guitarra) é um pessoa que eu conheço há um par de anos, mas com a qual já trabalhei em alguns projectos: mixtapes de Faca Monstro, edições na Marvellous Tone, etc. É, por isso, uma pessoa próxima e com a qual é fácil de trabalhar e obter resultados.
A Ece Canli (voz), é uma pessoa que eu conheço há ainda menos tempo, com a qual colaborei duas ou três vezes, mas sempre com óptimos resultados e em prazos apertados. Felizmente, agora temos tido o tempo para aprofundar esta colaboração e propôr mais ideias de trabalho.
5 Batidas energéticas, mas uma imagem discreta. Por que razão?
Faz tudo parte do imaginário deste projecto. Na verdade, eu acharia que estas “batidas” seriam calmas e, de certo modo, regulares. Mas talvez esteja a ver isso à luz de uma comparação com o material de Ghuna X.
De qualquer modo, o que aqui poderia parecer energético não é tanto a forma musical, o ritmo ou o tempo, mas a massa sonora destas músicas.
Relativamente à imagem, já conheço a Dayana Lucas há muito tempo e vou, por isso, acompanhando o que ela vai fazendo de novo. Esta série de desenhos despojados pareceu-me fazer todo o sentido em Live Low.
6 Consideras que a tua malha atinge um nicho muito restrito, ou pode tocar qualquer tipo de públicos?
Acho que tem tudo para todos. Não é elitista, nem pretende.
7 Que outros géneros foram importantes no vosso crescimento individual? E para Live Low?
Bem tanto eu como o Luís ouvimos música bastante distinta, embora ele tenha um espiríto mais “jovem” do que eu. Da minha parte continuo a explorar a discografia de um ou outro músico experimental dos anos 70. O Luís está mais apto às novidades editoriais. Vamos partilhando tudo isso: industrial, doom, stoner, dub, etc etc.
8 Depois de ter sido considerada umas das bandas de 2014, o que é que Live Low leva para 2015?
Essa consideração é uma novidade. Não é sequer uma pretensão nossa, embora nos agrade que isso possa significar que mais pessoas oiçam. Não nos interessa muito mais do que isso. Queremos editar um longa duração e marcar concertos.