O Primavera chegou
por francisco vaz, 5 de junho, 18:52
Sentem-se as diferenças no Primavera, ao fim de 4 anos. Sente-se uma maior presença das pessoas que moram no Porto.
As marcas conseguem ter menos presença este ano. Andam pelo recinto, apenas não se impõem. A zona vip saiu da clareira. Há mais oferta na restauração. E claro, o merchandising continua com a mesma qualidade dos outros anos.
E depois de passar por estes pontos, chega-se a Bruno Pernadas.
Bruno Pernadas. Foi este o projecto que abriu o Nos Primavera Sound'15. Com Pernadas apoiado por uma banda que provou a sua competência, a clareira já bem composta, entregou-se à sonoridade jazz. As conversas iam tendo lugar entre público. Não incomodativas, a conversa de fim de tarde. De pessoas entusiasmadas com o início do festival. Com copos de vinho a acompanhar. A casa dos 30, 40 anos bem representada. mais do que nos outros anos? Talvez. Em grande parte pela presença de Patti Smith, que veio com a sua inconformidade até nós.
E a ética Punk ganha uma associação ainda maior à irreverência quando ontem, dia 4 de Junho, Patti Smith fez a sua actuação no palco Pitchfork. Concerto acústico para assistir sentado (algo que não é habitual em festivais), com cadeiras por toda a tenda, e em que havia limitações à imprensa, talvez para criar um ambiente mais intimo. Mas a Postura de Patti Smith fez com que toda a gente acabasse por se levantar.
Conseguiu provar que a sua forte presença e maneira de pensar muito própria continuam a ser a sua imagem. E talvez por isso não se sinta o peso da idade. É no palco NOS que se vai ver se está à altura.
No palco NOS, Mac DeMarco tinha começado à mesma hora. Não sendo tão enérgico como noutras actuações dele, houve mesmo assim festa. Como exemplos, o momento em que Mac DeMarco baixou as calças para se mostrar ao mundo.
Mas a quebra ia-se dar em FKA, que ia levar as coisas para outro nível. A jovialidade dela aliada aos movimentos corporais fez-se sentir. É de notar que há uma certa atenção aos tempos/ritmo de cada música pois ela move-se em concordância com eles.
A defensora da emancipação feminina que ela é faz-se notar na maneira como se move em palco. A sensualidade e imponência que demonstra cria uma incapacidade de a alcançar.
É de lembrar que no fim do concerto a FKA twigs pediu a um segurança que a ajudasse a descer para entregar a setlist a alguém. Mas em vez de um segurança, foram todos a ajudar…
Com as coisas já bem encaminhadas, Juan Maclean (Live) vieram dar uso à energia que as pessoas tinha depois da descarga de adrenalina já que foi feita em FKA twigs.
Correndo a clareira não havia muita gente quieta. Havia também o entusiasmo por Caribou ir actuar a seguir. E aí as coisas chegaram a um ponto insano.
Entram os 4 em palco, sem calçado a "parecerem anjos, todos de branco", como uma jovem disse ao meu lado.
O ambiente virou etéreo, introspectivo. Criou-se empatia entre Dan Snaith (mentor) e o público desde o início. As músicas com a intensidade crescente, com a estética da banda, público a aderir (com Mac DeMarco a fazer crowdsurf), fizeram deste o melhor espectáculo da noite.
Todos estes pontos positivos fazem com que as expectativas estejam em alta para o segundo dia, mas que serão satisfeitas.
As marcas conseguem ter menos presença este ano. Andam pelo recinto, apenas não se impõem. A zona vip saiu da clareira. Há mais oferta na restauração. E claro, o merchandising continua com a mesma qualidade dos outros anos.
E depois de passar por estes pontos, chega-se a Bruno Pernadas.
Bruno Pernadas. Foi este o projecto que abriu o Nos Primavera Sound'15. Com Pernadas apoiado por uma banda que provou a sua competência, a clareira já bem composta, entregou-se à sonoridade jazz. As conversas iam tendo lugar entre público. Não incomodativas, a conversa de fim de tarde. De pessoas entusiasmadas com o início do festival. Com copos de vinho a acompanhar. A casa dos 30, 40 anos bem representada. mais do que nos outros anos? Talvez. Em grande parte pela presença de Patti Smith, que veio com a sua inconformidade até nós.
E a ética Punk ganha uma associação ainda maior à irreverência quando ontem, dia 4 de Junho, Patti Smith fez a sua actuação no palco Pitchfork. Concerto acústico para assistir sentado (algo que não é habitual em festivais), com cadeiras por toda a tenda, e em que havia limitações à imprensa, talvez para criar um ambiente mais intimo. Mas a Postura de Patti Smith fez com que toda a gente acabasse por se levantar.
Conseguiu provar que a sua forte presença e maneira de pensar muito própria continuam a ser a sua imagem. E talvez por isso não se sinta o peso da idade. É no palco NOS que se vai ver se está à altura.
No palco NOS, Mac DeMarco tinha começado à mesma hora. Não sendo tão enérgico como noutras actuações dele, houve mesmo assim festa. Como exemplos, o momento em que Mac DeMarco baixou as calças para se mostrar ao mundo.
Mas a quebra ia-se dar em FKA, que ia levar as coisas para outro nível. A jovialidade dela aliada aos movimentos corporais fez-se sentir. É de notar que há uma certa atenção aos tempos/ritmo de cada música pois ela move-se em concordância com eles.
A defensora da emancipação feminina que ela é faz-se notar na maneira como se move em palco. A sensualidade e imponência que demonstra cria uma incapacidade de a alcançar.
É de lembrar que no fim do concerto a FKA twigs pediu a um segurança que a ajudasse a descer para entregar a setlist a alguém. Mas em vez de um segurança, foram todos a ajudar…
Com as coisas já bem encaminhadas, Juan Maclean (Live) vieram dar uso à energia que as pessoas tinha depois da descarga de adrenalina já que foi feita em FKA twigs.
Correndo a clareira não havia muita gente quieta. Havia também o entusiasmo por Caribou ir actuar a seguir. E aí as coisas chegaram a um ponto insano.
Entram os 4 em palco, sem calçado a "parecerem anjos, todos de branco", como uma jovem disse ao meu lado.
O ambiente virou etéreo, introspectivo. Criou-se empatia entre Dan Snaith (mentor) e o público desde o início. As músicas com a intensidade crescente, com a estética da banda, público a aderir (com Mac DeMarco a fazer crowdsurf), fizeram deste o melhor espectáculo da noite.
Todos estes pontos positivos fazem com que as expectativas estejam em alta para o segundo dia, mas que serão satisfeitas.