NAÇÃO IMORTAL
por luís peixoto
17 de dezembro de 2013
Irreverência de uma força avassaladora;
A apatia tão forte que torna-se em natureza
Ao seu olhar infido, corriqueiro e leve.
Perece no tempo, infindável em si.
Trouxe os sete mares, e mais outras mil e uma maravilhas.
Nomeou novas terras, novos portos, novas frotas.
Com moeda antiga, cunhou iguarias e especiarias,
Há muito perdidas, encravadas em velhas memórias.
Forjou a ferro e fogo, gravações indecifráveis
A quem a língua não preta serviço, a quem os olhos mantêm cegos.
Trouxe o invisível ouro da terra do além,
Para explorar os confins do desconhecido.
Perde náufragos, perde Adamastor;
Perde a mais bela dos mitos ou a maior das epopeias.
Encontra em si o que há muito foi deixado em altos;
Marés, arribas e demais não. Exilados de si.
Pragueja a que quer ouvir, alheia a qualquer um;
Ouve-se, a alto e bom som, o cântico, o murmúrio,
Em haste içada que todos desejam ver voar;
Mas apenas tu a resguardas em santo porto, o que a mais ninguém pertence.
A apatia tão forte que torna-se em natureza
Ao seu olhar infido, corriqueiro e leve.
Perece no tempo, infindável em si.
Trouxe os sete mares, e mais outras mil e uma maravilhas.
Nomeou novas terras, novos portos, novas frotas.
Com moeda antiga, cunhou iguarias e especiarias,
Há muito perdidas, encravadas em velhas memórias.
Forjou a ferro e fogo, gravações indecifráveis
A quem a língua não preta serviço, a quem os olhos mantêm cegos.
Trouxe o invisível ouro da terra do além,
Para explorar os confins do desconhecido.
Perde náufragos, perde Adamastor;
Perde a mais bela dos mitos ou a maior das epopeias.
Encontra em si o que há muito foi deixado em altos;
Marés, arribas e demais não. Exilados de si.
Pragueja a que quer ouvir, alheia a qualquer um;
Ouve-se, a alto e bom som, o cântico, o murmúrio,
Em haste içada que todos desejam ver voar;
Mas apenas tu a resguardas em santo porto, o que a mais ninguém pertence.