O PODER DO PÊLO
por luís peixoto
24 de fevereiro de 2014
Pensando para os meus bigodes...
Desde os primórdios da humanidade o pêlo facial era essencial à vida em sociedade. Que mais não fosse para distinguir homens de mulheres, embora na altura a estética imposta pela cosmética fosse bastante mais despercebida do que nos dias de hoje. Servia também de símbolo de opulência. Homem capaz de crescer e manter a mais magnífica e ostentosa aglomeração de pêlos faciais teria certamente mais aptidão para a liderança dos restantes menos "afortunados". Ou assim pensavam. De qualquer maneira avançando pela história e revelando-se a estética do pêlo: a dita "barba", permaneceu símbolo de confiança, capacidade de liderança, e quem sabe até homem com bom pé de dança. Orgulhosos da nossa herança e latinos de origem sempre privilegiamos a modalidade da barba associada aos sedutores: o bigode. Desde o mítico Asterix a Viriato sempre foram associados ao seu esplêndido bigode digno da sua coragem e integridade.
De cedo a barba deixou de ser algo natural à biologia do homem e passou a um ideal, a um instrumento, munido inclusive por Jesus Cristo! As longas barbas mostravam o conhecimento e a sabedoria dos mais velhos. A barba mal feita preconizava o trabalho incessante do povo mais miúdo. Chegou-se até ao ponto de criar acessórios para barbas, mitologias de anões com barbas que igualizavam o tamanho de quem as tinha; e a lista não acaba.
Tornou-se uma etiqueta em pêlo que, tratado ou não, aparado ou não, exprime o mais ridículo ou sério de cada homem, e algumas mulheres inclusive. Das barbas ilustres e únicas de Abraham Lincoln até às infames como o "mini bigodinho" de Adolf Hitler, cada estilo, cada modalidade, transmite algo para quem as usa, para quem se associa com quem as usa e para quem as vê. Se calhar estou a exagerar na sua importância. Talvez. É de notar que vivo num mundo em que uma boa barba é sinal de desleixo, uma estupenda barba sinónimo de mendigo e apenas a total ausência de pêlo é sucesso profissional. Bravos homens do poder que têm a possibilidade de contrapor essa orientação e deixar crescer boas barbas e ainda assim fazer dinheiro. Se me fosse possível, cresceria uma fantástica barba como a de Einstein. Acho que me daria o incentivo necessário para atingir a excelência na Física, Química e quem sabe ganhar o prémio Nobel! Não custa sonhar... ainda.
Dizem sempre para me vestir de acordo com a ocasião. Acho que de igual modo devemos crescer a barba para o que somos ou queremos ser. Se no mundo da imagem de hoje em que tudo é moda e tudo pode ser razão para qualquer coisa então que a minha barba faça referência à minha revolta e ao amor pela tradição passada, onde os meus avós eram os ícones de sensualidade e boa vontade pelo cuidado que tinham com os seus pêlos faciais. Mas que sei eu? Sou apenas um jovem com algum pêlo na benta.
Desde os primórdios da humanidade o pêlo facial era essencial à vida em sociedade. Que mais não fosse para distinguir homens de mulheres, embora na altura a estética imposta pela cosmética fosse bastante mais despercebida do que nos dias de hoje. Servia também de símbolo de opulência. Homem capaz de crescer e manter a mais magnífica e ostentosa aglomeração de pêlos faciais teria certamente mais aptidão para a liderança dos restantes menos "afortunados". Ou assim pensavam. De qualquer maneira avançando pela história e revelando-se a estética do pêlo: a dita "barba", permaneceu símbolo de confiança, capacidade de liderança, e quem sabe até homem com bom pé de dança. Orgulhosos da nossa herança e latinos de origem sempre privilegiamos a modalidade da barba associada aos sedutores: o bigode. Desde o mítico Asterix a Viriato sempre foram associados ao seu esplêndido bigode digno da sua coragem e integridade.
De cedo a barba deixou de ser algo natural à biologia do homem e passou a um ideal, a um instrumento, munido inclusive por Jesus Cristo! As longas barbas mostravam o conhecimento e a sabedoria dos mais velhos. A barba mal feita preconizava o trabalho incessante do povo mais miúdo. Chegou-se até ao ponto de criar acessórios para barbas, mitologias de anões com barbas que igualizavam o tamanho de quem as tinha; e a lista não acaba.
Tornou-se uma etiqueta em pêlo que, tratado ou não, aparado ou não, exprime o mais ridículo ou sério de cada homem, e algumas mulheres inclusive. Das barbas ilustres e únicas de Abraham Lincoln até às infames como o "mini bigodinho" de Adolf Hitler, cada estilo, cada modalidade, transmite algo para quem as usa, para quem se associa com quem as usa e para quem as vê. Se calhar estou a exagerar na sua importância. Talvez. É de notar que vivo num mundo em que uma boa barba é sinal de desleixo, uma estupenda barba sinónimo de mendigo e apenas a total ausência de pêlo é sucesso profissional. Bravos homens do poder que têm a possibilidade de contrapor essa orientação e deixar crescer boas barbas e ainda assim fazer dinheiro. Se me fosse possível, cresceria uma fantástica barba como a de Einstein. Acho que me daria o incentivo necessário para atingir a excelência na Física, Química e quem sabe ganhar o prémio Nobel! Não custa sonhar... ainda.
Dizem sempre para me vestir de acordo com a ocasião. Acho que de igual modo devemos crescer a barba para o que somos ou queremos ser. Se no mundo da imagem de hoje em que tudo é moda e tudo pode ser razão para qualquer coisa então que a minha barba faça referência à minha revolta e ao amor pela tradição passada, onde os meus avós eram os ícones de sensualidade e boa vontade pelo cuidado que tinham com os seus pêlos faciais. Mas que sei eu? Sou apenas um jovem com algum pêlo na benta.