As palavras têm prazos de validade
por Fátima Pinheiro
18 de fevereiro 9:00
Por vezes pensas que as palavras saídas da tua boca são verdadeiras e que têm um prazo de validade infinito. Ficarias surpreso por descobrir que essas palavras são meramente rascunhos da realidade. Aquilo que sentes nunca é transportado para a realidade na sua verdadeira forma. Desde o pensamento ao acto de falar e posterior recepção existem factores externos sempre a moldar o objecto. Por mais que o queiras mostrar verdadeiramente não consegues. Ele pode correr tão rápido pela avenida fora que chega a ti totalmente desformado.
O que fazer? Não sei, nunca experimentei. Mas talvez possas pôr um bocado de fita cola em redor do objecto, acrescentar pedaços da rua, ajeitar com as mãos, e pode ser que assim ele volte à forma inicial. Perfeito, recebeste a mensagem tal como foi dita, mas achas que vale a pena o esforço demorado de reconstrução do objecto só para receber a totalidade e verdadeira mensagem ?
Rio-me, porque me apercebo que na verdade por mais fita cola que ponhas, nunca nada volta à forma inicial, por isso tens duas soluções, ou gostas do resultado do objecto que chegou a ti ou simplesmente não gostas. Ou seja, podes acrescentar-lhe pedaços de rua e achar ainda mais piada, ou achares ridículo. No entanto, o que aconselho é que nunca devemos tentar moldar o que nos é transmitido. Aliás devemos pensar que até recebermos o objecto, este percorreu um caminho e que pode ter sofrido alterações. Por isso, sim as palavras nunca dizem aquilo que realmente sentimos. Apenas demonstram uma percentagem. Isto não quer dizer que é mau, simplesmente não devemos confiar totalmente no objecto que nos enviam.
É incrível a forma que uma palavra tem efeito sobre nós. Mas reparem, não devia, é um objecto modificado. Por isso sim, devemos ficar alegres, tristes, apaixonados, melancólicos, excitados com as palavras que nos dizem, mas devemos ter noção que não passam de palavras ditas que correm quilómetros de distância e chegam desgastadas no final da corrida.
O que fazer? Não sei, nunca experimentei. Mas talvez possas pôr um bocado de fita cola em redor do objecto, acrescentar pedaços da rua, ajeitar com as mãos, e pode ser que assim ele volte à forma inicial. Perfeito, recebeste a mensagem tal como foi dita, mas achas que vale a pena o esforço demorado de reconstrução do objecto só para receber a totalidade e verdadeira mensagem ?
Rio-me, porque me apercebo que na verdade por mais fita cola que ponhas, nunca nada volta à forma inicial, por isso tens duas soluções, ou gostas do resultado do objecto que chegou a ti ou simplesmente não gostas. Ou seja, podes acrescentar-lhe pedaços de rua e achar ainda mais piada, ou achares ridículo. No entanto, o que aconselho é que nunca devemos tentar moldar o que nos é transmitido. Aliás devemos pensar que até recebermos o objecto, este percorreu um caminho e que pode ter sofrido alterações. Por isso, sim as palavras nunca dizem aquilo que realmente sentimos. Apenas demonstram uma percentagem. Isto não quer dizer que é mau, simplesmente não devemos confiar totalmente no objecto que nos enviam.
É incrível a forma que uma palavra tem efeito sobre nós. Mas reparem, não devia, é um objecto modificado. Por isso sim, devemos ficar alegres, tristes, apaixonados, melancólicos, excitados com as palavras que nos dizem, mas devemos ter noção que não passam de palavras ditas que correm quilómetros de distância e chegam desgastadas no final da corrida.