Quando 1 + 1 dá 1
por luís peixoto
25 de novembro de 2013
Nunca fui muito forte nas matemáticas e outras ciências exatas. Sempre me safei e entendi o que se estava a passar, mas nunca suscitou em mim grande aptidão. Por esta razão não espero que contem como correto as contas à vida que aqui vou fazer.
A ideia de 1 + 1 dar algo que não 2 parece inconcebível em muitas cabeças, eu, no entanto, nunca tive grande dificuldade em concordar com isso; não por ignorância mas por diferente perspetiva: porque não?
Confesso falhar quando tento entender quem vê no outro uma limitação de si, os que se afastam ou se mantêm coesos com o próprio, por medo de perder nos outros o que é seu.
Há quem veja no próximo uma extensão do próprio, complementando o que lhe falta ou o que não consegue por si só, como uma peça do puzzle; ainda assim vejo inconsistências nessa lógica.
Existem, ainda, os "porque sim". Os que quando lhes perguntamos porque estás ou queres estar ou ter uma relação respondem o dogmático "porque sim" ou "porque quero", ou "porque gosto"... Tudo fora de preguiça verbal volta a remeter-me para o meu falhanço preceptivo.
Não quero com isto dizer que uma visão está certa e as outras estão erradas. Há um sem fim delas que vão para lá do que alguma vez irei conhecer por completo. Tanto quanto sei estão todas corretas ou todas erradas, depende a quem perguntarem;
Se mo perguntassem seria obrigado a dizer que 1 + 1 dá 1; e em nada perde para o dois. Exemplifico: Se deixar cair duas pingas de água na palma da minha mão quantas pingas tenho? Uma... Uma pinga maior que qualquer uma das duas. Toda a poça de água parte de gotas simplória de H2O. Ninguém se perde, apenas se transforma, não é bom nem mau, é o que se faz com a união que define a gota.
Tudo em nós são contas e não vejo a necessidade de repetição senão por segurança e adivinhação. Para contrariar a apatia e um quase turismo à vida inventemos novos resultados.
A falta de manual ou sinopse oficial das relações humanas é a maior tela que conheço. Há mil e um museus que irão restringir larguras e comprimentos do teu quadro mas sinceramente não te preocupes muito com museus... Quadros foram feitos para ser vistos e o que melhor há do que decorar a tua casa com o teu quadro? Nem precisas de o pôr na parede, faz uma cama ou uma mesa de café com ele, a arte está nos olhos de quem a vê, e, muito sinceramente é preferível para o ou os autores criarem as suas regras e os seus objetivos.
Desde que responda às expectativas da sua criação é um caso de sucesso. Há quadros de momentos, há quadros de enfeite, há quadros de boas vindas, há quadros para sempre clássicos, há quadros para a vida, há quadros pessoais.
No final do dia, importa o que vês nele e como te vês nele; não o preço do bilhete do museu que o iria comprar ou a opinião de um qualquer charlatão. É triste ainda ter de dizer isto mas, o sentimento de pintar uma tela por mérito próprio fica para a vida, independentemente do que possa vir a acontecer com o quadro.
Ao fim ao cabo, para mim, 1 + 1 irá sempre dar 1; cada vez maior.
A ideia de 1 + 1 dar algo que não 2 parece inconcebível em muitas cabeças, eu, no entanto, nunca tive grande dificuldade em concordar com isso; não por ignorância mas por diferente perspetiva: porque não?
Confesso falhar quando tento entender quem vê no outro uma limitação de si, os que se afastam ou se mantêm coesos com o próprio, por medo de perder nos outros o que é seu.
Há quem veja no próximo uma extensão do próprio, complementando o que lhe falta ou o que não consegue por si só, como uma peça do puzzle; ainda assim vejo inconsistências nessa lógica.
Existem, ainda, os "porque sim". Os que quando lhes perguntamos porque estás ou queres estar ou ter uma relação respondem o dogmático "porque sim" ou "porque quero", ou "porque gosto"... Tudo fora de preguiça verbal volta a remeter-me para o meu falhanço preceptivo.
Não quero com isto dizer que uma visão está certa e as outras estão erradas. Há um sem fim delas que vão para lá do que alguma vez irei conhecer por completo. Tanto quanto sei estão todas corretas ou todas erradas, depende a quem perguntarem;
Se mo perguntassem seria obrigado a dizer que 1 + 1 dá 1; e em nada perde para o dois. Exemplifico: Se deixar cair duas pingas de água na palma da minha mão quantas pingas tenho? Uma... Uma pinga maior que qualquer uma das duas. Toda a poça de água parte de gotas simplória de H2O. Ninguém se perde, apenas se transforma, não é bom nem mau, é o que se faz com a união que define a gota.
Tudo em nós são contas e não vejo a necessidade de repetição senão por segurança e adivinhação. Para contrariar a apatia e um quase turismo à vida inventemos novos resultados.
A falta de manual ou sinopse oficial das relações humanas é a maior tela que conheço. Há mil e um museus que irão restringir larguras e comprimentos do teu quadro mas sinceramente não te preocupes muito com museus... Quadros foram feitos para ser vistos e o que melhor há do que decorar a tua casa com o teu quadro? Nem precisas de o pôr na parede, faz uma cama ou uma mesa de café com ele, a arte está nos olhos de quem a vê, e, muito sinceramente é preferível para o ou os autores criarem as suas regras e os seus objetivos.
Desde que responda às expectativas da sua criação é um caso de sucesso. Há quadros de momentos, há quadros de enfeite, há quadros de boas vindas, há quadros para sempre clássicos, há quadros para a vida, há quadros pessoais.
No final do dia, importa o que vês nele e como te vês nele; não o preço do bilhete do museu que o iria comprar ou a opinião de um qualquer charlatão. É triste ainda ter de dizer isto mas, o sentimento de pintar uma tela por mérito próprio fica para a vida, independentemente do que possa vir a acontecer com o quadro.
Ao fim ao cabo, para mim, 1 + 1 irá sempre dar 1; cada vez maior.